#GovernoGrana: Residência Terapêutica Feminina “Casa das Violetas” é reinaugurada
Por PT Santo André
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Na contramão de algumas cidades do Grande ABC que recentemente fecharam serviços de atendimento na área de Saúde Mental, Santo André reinaugurou, durante concorrido café da manhã, a residência terapêutica feminina no Bairro Bangu, onde atualmente residem oito mulheres, entre 33 e 64 anos, provenientes de manicômios espalhados pelo Estado de São Paulo. Na prática, as hóspedes, que correm contra o tempo na busca do resgate de cidadania e reinserção na sociedade, mudaram de imóvel – agora bem mais amplo e confortável, com direito a quintal e espaço para organização de futuras hortas, uma delas vertical.
Desde 2002, quando foi entregue pela Prefeitura de Santo André, a residência estava localizada no Parque das Nações, bairro próximo ao atual endereço. Foi ali, inclusive, que as habitantes da época batizaram como ‘Casa das Violetas’, nome resgatado pelo atual grupo, segundo Zélia Tolentino da Silva, enfermeira especializada em Saúde Mental e Psiquiatria, além de coordenadora das cinco residências terapêuticas espalhadas pelo município.
A marca já está registrada no novo sobrado alugado pela Administração, mais precisamente na parede de um dos corredores, junto ao painel com a foto das oito residentes sentadas e felizes. No total, são quatro quartos, três em cima, além de banheiros, salas, cozinha, dispensa, quintal e garagem. “A nossa preocupação foi proporcionar condição de moradia melhor para essas mulheres especiais, por isso optamos na mudança de imóvel”, afirmou a psicóloga Maria Regina Tonin, coordenadora da área de Saúde Mental.
RETORNO – Com o novo espaço, a moradora mais antiga da casa, hoje com 63 anos e vinda do manicômio de Ribeirão Pires em 2002, poderá retornar. No ano passado, após sofrer derrame cerebral e ficar em uma cadeira de rodas, dona ‘Mariazinha’ teve como destino uma das duas residências terapêuticas mistas, entre mulheres e homens, que oferece cuidados clínicos mais intensivos e abriga pessoas acamadas.
Ali, Mariazinha se juntará a outras sete mulheres, com histórias de vida similares, como a perda do vínculo familiar. É o caso de Lucinete, 62 anos, que chegou há dois meses e confinada por 30 anos em manicômios pelo País – o último localizado em Sorocaba, no interior do Estado, ou mesmo da ex-secretária executiva Márcia Annes, 64 anos, dos tempos da extinta Autolatina do Brasil, nas décadas de 1980 e 1990.
Especialmente nesta manhã, as moradoras puderam compartilhar o café da manhã ao lado do prefeito de Santo André, Carlos Grana, que fez questão de aceitar o convite das anfitriãs. O secretário de Saúde, Homero Nepomuceno Duarte, também marcou presença. O próximo passo será conhecer as hortas – horizontal e vertical – que serão feitas no espaço – a discussão já começou com a equipe do Nupe (Núcleo de Projetos Especiais).
No total, são cinco residências terapêuticas na rede de atenção psicossocial de Santo André, das quais, uma feminina, duas masculinas e duas mistas, que abrigam 40 pessoas com transtornos mentais graves e egressos dos hospitais psiquiátricos e sem vínculo familiar. A administração do trabalho é da Associação de Volta para Casa, parceira nos projetos de Saúde Mental.
Fonte: Prefeitura Municipal de Santo André
Por PT Santo André
